ARTIGO: “Eu preferiria morrer a desistir”: A profunda discordância entre Huxley e Darwin

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Novo na revista History and Philosophy of the Life Sciences (História e Filosofia das Ciências da Vida):

“Eu preferiria morrer a desistir”: A profunda discordância entre Huxley e Darwin

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Mary P. Winsor

Resumo Thomas Henry Huxley e Charles Darwin descobriram em 1857 que tinham uma discordância fundamental sobre a classificação biológica. Darwin acreditava que o sistema natural deveria expressar a genealogia, enquanto Huxley insistia que a classificação deveria se manter em sua própria base, independente da evolução. Darwin usou as raças humanas como modelo para sua visão. Essa disputa particular e há muito esquecida expõe importantes divisões dentro da biologia vitoriana. Huxley, formado em fisiologia e anatomia, era um biólogo profissional, enquanto Darwin era um cavalheiro naturalista. Huxley concordava com a rejeição de John Stuart Mill à simpatia de William Whewell por Linnaeus. Os naturalistas William Sharp Macleay, Hugh Strickland e George Waterhouse trabalharam para distinguir dois tipos de relacionamento, afinidade e analogia. Darwin acreditava que sua teoria poderia explicar a diferença. Richard Owen introduziu a distinção entre homologia e analogia para os anatomistas, mas a palavra homologia não entrou no vocabulário de Darwin até 1848, quando ele usou o conceito morfológico de arquétipo em seu trabalho sobre Cirripedia. Huxley abandonou a palavra arquétipo quando Richard Owen a associou às formas ideais de Platão, substituindo-a por plano comum. Quando Darwin escreveu no Origem das Espécies que a palavra plano não dá nenhuma explicação, ele pode ter tido Huxley em mente. A história absurda de Darwin no Origem sobre uma ursa dando à luz um canguru, que ele deixou de lado na segunda edição, era de fato dirigida a Huxley.

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